Aufruf der MST zu internationaler Solidarität in der aktuellen politischen Situation Brasiliens (Rundreise in D, 04/2018)

Brasilianische Landlosenbewegung MST auf Rundreise in Europa

Lasst uns den Kampf internationalisieren, lasst uns die Hoffnung internationalisieren

Die MST (Movimento dos Sem Terra) ist eine soziale Bewegung, die sich seit 34 Jahren für die Rechte von Kleinbäuer*innen, den Zugang zu Land und eine Agrarreform in Brasilien einsetzt. Sie ist Mitglied von La Via Campesina, einem internationalen Bündnis und Sprachrohr für die Belange von Kleinbäuer*innen. Menschenrechtsverletzungen, Abbau der Demokratie und des Sozialsystems durch die Putschregierung des Präsidenten Michel Temer prägen die aktuelle Situation in Brasilien. Darüber zu berichten und sie anzuprangern war Ceres Hadich von der Nationaldirektion der MST auf eine Rundreise durch  die Bundesrepublik Deutschland und Portugal gegangen.

CERES HADICH, Nationaldirektion der Landlosenbewegung MST, Brasilien; Übersetzung: Constanze Lemmerich, treemedia e.V. Weiterlesen

Aktuelles Portfolio zur MST und ihrern Arbeitsbereichen (04/2018)

Im Ramen der letzten Dialogreise mit Vertreter*innen der MST in Deutschland (April 2018; durchgeführt geeinsam mit treemedia e.V) ist ein aktuelles Portfolio über die MST, deren aktuelle politische Situation und ihre Arbeitsbereiche entstanden, welche hier [ Portolio_MST_ENFF_2018_WEB] zum download zur Verfügung steht. Dieses Portfolio wendet sich an mögliche Unterstützer*innen der MST und zeigt weitere Förderschwerpunkte auf – neben den bestehenden Projekten der Amigos do MST (siehe .’Unsere Arbeit‘) Bei Interesse an einer Zusammenarbeit/Förderung, sprechen Sie uns gerne an (amigasATmstbrasilien.de), oder wenden Sie sich direkt an: brasilienATtreemedia.org

Veranstaltungsreihe mit Vertreter*innen der MST aus Brasilien, vom 11.-20. April 2018

Brasilien – Kampf ums Land: ZIVILGESELLSCHAFT UNTER DRUCK

[Flyer_Rundreise MST 2018]

Der internationale Tag des kleinbäuerlichen Widerstandes am 17. April steht in
diesem Jahr wieder im Zeichen der Rechte von Kleinbäuerinnen und
Kleinbauern. Obwohl sie 70% der weltweiten Nahrungsmittel produzieren,
haben sie oft selbst nicht genug zu essen: 50% der weltweit 800 Millionen
Hungernden sind Kleinbäuerinnen und Kleinbauern. Weiterlesen

Communicado de Imprensa: 8 de março: Mulheres ocupam jornal O Globo em defesa da democracia

Mulheres ocupam jornal O Globo em defesa da democracia

“A Globo quer dar golpe na eleição, as mulheres organizam a reação” é o lema principal da ação.

Neste 8 de março, 800 mulheres de diversos movimentos populares ocuparam o parque gráfico do jornal impresso no Rio de Janeiro, que pertence ao grupo Globo Comunicação. O objetivo da ação, iniciada às 5h30 da manhã, é denunciar a atuação decisiva da empresa sobre a instabilidade política brasileira. Elas destacam a articulação da Globo no processo do golpe, desde o impedimento da presidenta Dilma em 2016 até perseguição ao presidente Lula, para inviabiliza-lo como candidato em uma eleição democrática.

Participaram mulheres do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, do Levante Popular da Juventude, do Movimento dos Atingidos por Barragens e do Movimento dos Pequenos Agricultores, além de moradoras de comunidades da cidade. “A Globo promove os golpes em pró de seus interesses empresariais, não interessa as consequências para o país. Por isso ela é criminosa. Ela não é inimiga só dos trabalhadores, ela é inimiga de toda a nação”, afirmou Ana Carolina Silva, do Levante Popular da Juventude.

Intervenção contra os direitos

As mulheres também deram visibilidade ao caráter político e contrário aos direitos do povo da intervenção militar no Rio de Janeiro. Com o mote “A Globo promove intervenção para dar golpe na eleição” elas lembram que o próprio golpista Michel Temer declarou que vai suspender o decreto caso tenha maioria na Câmara e no Senado para votar a reforma da Previdência.

Para Maria Gomes de Oliveira, da Direção do MST, se trata de uma questão eleitoral e de um processo de coação social. “A Globo e os articuladores desse processo abordam a intervenção militar no Rio de Janeiro como medida de segurança. Ao mesmo tempo em que ela promove o medo para manter a classe trabalhadora calada, Temer e aliados se aproveitam de um anseio da sociedade para esconder sua estratégia eleitoral”, explica.

A dirigente ressalta ainda que a empresa tem interesses econômicos na Reforma da Previdência. “A globo opera ativamente na política para manter seus lucros e o monopólio sobre a mente das pessoas. No caso da previdência, ela está diretamente ligada à Mapfre Seguros, uma empresa que presta serviços de previdência privada”. Para ela, o momento caracteriza um desvio de função das Forças Armadas. “Tanques e soldados armados com fuzil não resolvem a violência. Os militares deviam cuidar de proteger nossa soberania, inclusive as riquezas como o petróleo, a água, as terras, que o golpista está entregando numa bandeja para o capital internacional”, afirma.

Ana Paula Silva destaca que a taxa de desemprego beira a 12% e, assim com o desmonte de serviços básicos de educação e saúde, são fatores que contribuem para o aumento da violência. “O crime se combate com o desenvolvimento de uma política de segurança e não com intervenção militar. Sabemos que o caminho é crescimento econômico e políticas públicas para o povo, mas para garantir isso precisamos retomar a democracia que perdemos com o golpe. Garantir eleições sem fraude é central para barrar os ataques aos direitos dos brasileiros”, garante a militante.

Decadência

O parque gráfico ocupado é o maior da América Latina. Sua construção foi, em parte, financiada pelo BNDES, com o montante de R$ 217 milhões, em valores atuais. Ele foi projetado para a impressão de 800 mil jornais diários, mas a média de produção do O Globo em 2017 não passa de 130 mil exemplares/dia, segundo dados do Instituto Verificador de Circulação (IVC). Ou seja, não utiliza nem 50% da capacidade produtiva.

“Este lugar é um elefante branco a serviço da desinformação. Com tanto recurso público investido, deveriam ao menos se dignar a fazer um jornalismo de qualidade. Não é à toa que o jornal está em decadência. As trabalhadoras não engolem mais as mentiras e manipulações da Globo”, afirmou

A ação faz parte da Jornada Nacional de Luta das Mulheres Sem Terra, que tem por lema a célebre frase de Rosa Luxemburgo “Quem não se movimenta, não sente as cadeias que a prendem”.

#8Mcontraglobo

 

Contato pra imprensa

21 995140494

Cristina Maia